Entrevista

9 de maio de 2025

A Unreal Engine 5 dá vida ao jogo Game of Thrones: Kingsroad para PC e dispositivos móveis

Dispositivo Móvel

Game of Thrones: Kingsroad

Jogos

Lumen

Netmarble

World Partition

Fundada em 2000, a Netmarble se consolidou como uma das maiores empresas de jogos para dispositivos móveis no mundo, sempre com o único objetivo de oferecer ao público uma experiência de jogo épica. Mais de 3.500 funcionários da Netmarble no escritório central de Seul, na Coreia do Sul, e em sete escritórios no exterior colocam todo seu amor e paixão por jogos em cada título da Netmarble.
Com dinâmicas complexas entre personagens, intrigas políticas e conflitos morais repletos de nuances, é fácil entender como Game of Thrones reuniu tantos seguidores no mundo todo com os vários livros e episódios da série de TV ao longo dos anos. 

Então, quando a desenvolvedora Netmarble assumiu a missão de fazer uma versão mais imersiva desse mundo tão complexo que os fãs da série de TV vivenciaram, a empresa sabia que precisava criar uma narrativa e uma jogabilidade únicas, que permitissem que cada pessoa trilhasse o próprio caminho no mundo de Westeros. O resultado foi Game of Thrones: Kingsroad, um RPG de ação e aventura multiplataforma, de mundo aberto e com foco na narrativa.

Recentemente, conversamos com Hyun-il Jang, diretor de projetos da Netmarble, para saber mais sobre as classes jogáveis do game para PC e mobile, além do equilíbrio entre combate, exploração e resolução de enigmas; a abordagem da equipe em relação a mecânicas relevantes e acessíveis de furtividade; entre outros temas. 

Também descobrimos como funcionalidades específicas da UE, como World Partition, renderização baseada em física, Unreal Motion Graphics e a Prévia para dispositivos móveis, contribuíram para que a Netmarble criasse uma experiência acessível e imersiva tanto no PC quanto em dispositivos móveis.
Agradecemos sua presença! O que você pode nos contar sobre a história de Game of Thrones: Kingsroad e como o jogo trará elementos únicos e interessantes tanto para os fãs da série quanto para quem está chegando agora ao universo de Game of Thrones?

Hyun-il Jang, diretor de projetos da Netmarble: Game of Thrones: Kingsroad se passa na segunda metade da 4ª temporada da série original da HBO Game of Thrones, um período repleto de eventos dinâmicos e decisivos. Mas não queríamos só seguir a história da série, e sim entregar algo novo e original.

Os jogadores assumem o papel do último herdeiro de uma casa caída do norte, a Casa Tyre, não como uma das figuras centrais da história, mas como um personagem coadjuvante importante, que atua nos bastidores, desempenhando um papel essencial nos acontecimentos que se desenrolam. Ao explorar Westeros, o público encontrará personagens familiares, resolverá desafios e, aos poucos, criará caminhos e objetivos próprios e únicos.

Para os fãs de longa data, o jogo oferece a oportunidade de vivenciar uma versão de Westeros ainda mais profunda e imersiva. É possível explorar locais nunca antes vistos, presenciar eventos conhecidos sob novas perspectivas e descobrir histórias e aspectos ocultos de personagens principais que não foram totalmente explorados na série.

Para quem está chegando agora, o jogo oferece um ponto de entrada acessível ao mundo de Game of Thrones. Além de trazer uma história cheia de detalhes e com muita informação, o jogo permite que o público explore com liberdade o continente vasto de Westeros e se envolva com personagens fascinantes.

Em sua essência, em Game of Thrones: Kingsroad a aventura está em criar sua própria história em Westeros, lado a lado com outros jogadores. Esse é um jogo de muitas escolhas importantes, batalhas cooperativas e crescimento pessoal. Você pode ser fã há muito tempo ou estar descobrindo Game of Thrones agora, mas temos certeza de que você embarcará numa jornada emocionante para recuperar a glória perdida da sua casa.

A franquia Game of Thrones se adapta perfeitamente a vários gêneros de jogos, então, por que vocês decidiram criar um RPG de ação e aventura de mundo aberto e focado na narrativa?

Hyun-il Jang: Game of Thrones é uma franquia que se passa num mundo vasto e repleto de detalhes, com relações complexas e inúmeras histórias interessantes. Acreditamos que a melhor forma de capturar essas qualidades era com um RPG de ação e aventura de mundo aberto e focado na narrativa.

Diferente das narrativas tradicionais, com uma distinção clara entre o bem e o mal, Game of Thrones se destaca pelas dinâmicas complexas entre personagens, intrigas políticas e conflitos morais repletos de nuances. Essa profundidade de narrativa se alinha perfeitamente com o gênero RPG, onde os jogadores podem mergulhar no mundo, fazer escolhas significativas e definir sua própria jornada.

Além disso, Game of Thrones se passa no vasto e interessante continente de Westeros. Queríamos criar uma experiência em que os jogadores tivessem liberdade de explorar esse mundo, se envolver com a história e até criar as próprias narrativas. Uma estrutura de mundo aberto permite esse nível de exploração e protagonismo do jogador, e é por isso que ela se encaixa tão bem no universo de Game of Thrones.
Combat in ‘Game of Thrones: Kingsroad’.
Courtesy of Netmarble
Game of Thrones: Kingsroad conta com três classes de personagens: o Cavaleiro, o Mercenário e o Assassino. Você pode explicar a diferença do estilo de jogo de cada uma?

Hyun-il Jang: No início, imaginamos que a maioria dos jogadores escolheria as classes, principalmente, com base no visual, sem um conhecimento profundo prévio. Por isso, atender às expectativas dos jogadores desde o momento da seleção foi uma prioridade.
  • Cavaleiro: a classe de Cavaleiro usa uma espada longa e personifica o combate direto e equilibrado. Mesmo que, de início, pareça uma classe básica ou menos chamativa, os atributos equilibrados e o estilo de combate intuitivo do Cavaleiro possibilitam que iniciantes tenham um bom desempenho em combate rapidamente. Isso facilita para que os jogadores aprendam o básico rapidamente e logo deixem de ser iniciantes e dominem a jogabilidade com confiança.
  • Mercenário: o Mercenário lembra um bárbaro robusto e carrega um machado imponente. É natural que os jogadores esperem que esse personagem seja lento, mas poderoso, e desenvolvemos a jogabilidade exatamente com isso em mente. No momento dos ataques, ele é mesmo lento, mas os golpes são muito poderosos, o que faz com que o Mercenário seja ideal para causar danos pesados em vários inimigos ao mesmo tempo.
  • Assassino: o Assassino é a menor classe, e também a mais ágil. Como o nome e as adagas duplas já indicam, o Assassino é especialista em golpes rápidos e evasão ágil. Além disso, essa classe usa várias habilidades táticas, como bombas de fumaça, para confundir e atrapalhar os inimigos, o que possibilita uma jogabilidade dinâmica de atacar e correr. Ao alinhar o estilo de combate de cada classe com a identidade visual, buscamos atender às expectativas dos jogadores desde o primeiro momento, criando uma experiência geral de jogabilidade mais imersiva e satisfatória.

Em Game of Thrones: Kingsroad, os jogadores terão a chance de explorar os Sete Reinos. Você pode falar sobre as ferramentas e funcionalidades da UE5 que foram usadas para dar vida a esses lugares icônicos?

Hyun-il Jang: Westeros é um mundo muito vasto, então, é impraticável (e desnecessário) carregar todas as regiões ao mesmo tempo. O sistema de transmissão do World Partition nos possibilita um carregamento dinâmico com base na localização do jogador, enquanto as regiões não utilizadas são descarregadas, minimizando o uso da memória. Isso foi essencial para criar uma experiência de mundo aberto fluida, sem interrupções de desempenho.

Também utilizamos o Nível de Detalhe Hierarquizado (HLOD), que tem uma integração orgânica com a transmissão do World Partition. Esse sistema reduz a carga sobre o desempenho sem comprometer a imponência de pontos de referência icônicos como Winterfell e a Fortaleza Vermelha, que continuam impressionantes, mesmo quando vistos à distância.
A sword fight  in ‘Game of Thrones: Kingsroad’.
Courtesy of Netmarble
Você pode falar sobre o equilíbrio entre o combate manual baseado na habilidade, a exploração e a resolução de enigmas que o público encontrará nessa experiência?

Hyun-il Jang: Em Game of Thrones: Kingsroad, a equipe de desenvolvimento buscou criar uma combinação harmoniosa de combate baseado em combos e habilidades, exploração imersiva e resolução de enigmas. Nosso foco era manter o equilíbrio para que nenhum aspecto parecesse muito dominante

O combate foi projetado para refletir a habilidade do jogador, exigindo mais do que apenas ficar apertando os mesmos botões o tempo todo. Os jogadores precisam entender as habilidades do personagem, analisar os padrões de ataque dos inimigos e executar as ações no tempo exato para ter sucesso no jogo.

A exploração permite aos jogadores explorar com liberdade o mundo vasto de Westeros, descobrindo lugares ocultos, segredos e uma história que aprofunda a imersão.

Os enigmas funcionam como um elemento da narrativa e como um desafio, que os jogadores devem observar com cuidado e resolver usando dicas contextuais. Essas mecânicas dão uma sensação de descoberta e reforçam a profundidade do mundo do jogo.

Os três elementos se conectam. O combate leva a novas áreas para explorar, a exploração revela enigmas, e resolver esses enigmas oferece recompensas que aprimoram o desempenho no combate. O ciclo deixa os jogadores envolvidos e motivados, garantindo uma experiência dinâmica e recompensadora. Manter esse equilíbrio foi um objetivo central na criação de Game of Thrones: Kingsroad.

Você pode falar sobre sua abordagem no desenvolvimento da mecânica de furtividade do jogo?

Hyun-il Jang: A equipe de desenvolvimento queria criar uma mecânica de furtividade que fosse intuitiva e fácil de usar, mesmo em dispositivos móveis. Em vez de implementar um sistema muito complexo, focamos em simplificar os elementos principais de furtividade, para deixar a jogabilidade mais acessível mantendo a profundidade.

Para isso, projetamos o sistema simplificado de furtividade, com elementos de IU claros, intuitivos e fáceis de reconhecer nas telas de dispositivos móveis. Além disso, estruturamos as fases usando designs de ativos padronizados, para que o público identificasse com facilidade as rotas de furtividade e utilizasse a mecânica de emboscada para eliminar inimigos com eficiência.

Os ataques furtivos também foram projetados pensando na clareza e na facilidade de execução. Em vez de apostar numa mecânica complicada, baseamos as regras de ataque em fatores fáceis de identificar, como a visão do inimigo e a distância, garantindo que os jogadores possam se envolver em jogabilidade furtiva sem complexidade desnecessária. Essa abordagem permitiu uma experiência de furtividade fluida e envolvente tanto no PC como nos dispositivos móveis.
A castle in ‘Game of Thrones: Kingsroad’.
Courtesy of Netmarble
Por que a Unreal Engine 5 foi uma boa escolha para este projeto?

Hyun-il Jang: Há várias razões pelas quais a UE5 foi a escolha ideal para Game of Thrones: Kingsroad: ela oferece tecnologias de ponta que possibilitam visuais impressionantes e experiências profundamente imersivas. O Lumen em especial, possibilita um nível de realismo sem precedentes, fazendo com que Westeros pareça mais real do que nunca.

Além de seus recursos visuais, a UE5 oferece um poderoso suporte multiplataforma para PC e dispositivos móveis. Isso garante que Game of Thrones: Kingsroad alcance um público mais amplo, mantendo uma experiência de alta qualidade em todos os dispositivos.

A engine também vem equipada com uma ampla variedade de ferramentas que simplificam o desenvolvimento, abrangendo desde animação e iluminação até mecânica de jogabilidade e otimização. Essas ferramentas nos permitiram dar vida a Westeros de forma eficiente, sem comprometer a qualidade.

Além das vantagens técnicas, a vasta e ativa comunidade da UE5 foi um recurso inestimável. Com uma grande quantidade de documentação, tutoriais e conhecimento compartilhado, conseguimos acompanhar os avanços mais recentes e resolver rapidamente os desafios ao longo do desenvolvimento.

Graças a essas vantagens, a UE5 nos permitiu criar uma experiência de Game of Thrones visualmente deslumbrante, altamente imersiva e amplamente acessível.

O jogo tem personagens muito detalhados e realistas. Você pode falar sobre as funcionalidades da UE5 que possibilitaram isso?

Hyun-il Jang: Como Game of Thrones: Kingsroad conta com muitos personagens bem conhecidos da série, era fundamental garantir que eles fossem fiéis aos equivalentes da TV. Para conseguir isso, usamos várias tecnologias importantes da UE5 para melhorar a renderização dos personagens, a precisão material e o realismo em geral.

Usamos o modelo de shader da Iluminação Padrão da UE5 para estabelecer a base da aparência de cada personagem. Com a implementação da renderização com base em física (PBR), ajustamos a rugosidade e as propriedades metálicas das texturas das máscaras, o que possibilitou texturas de tecido muito realistas e interações detalhadas de materiais. Essas funcionalidades melhoraram muito o jeito que a luz interagia com várias superfícies, deixando vestimentas e armaduras com um ar mais autêntico.

Para a renderização de pele, aplicamos o modelo de shader de Dispersão de Subsuperfície (SSS). Ao ajustar as configurações de Perfil de Subsuperfície, pudemos criar uma translucidez e uma profundidade naturais, deixando a pele mais realista, mesmo em dispositivos móveis.

A iluminação global do Lumen teve um papel muito importante na melhoria da iluminação e dos reflexos, aprimorando a precisão da interação da luz e a profundidade de sombra. Isso se somou ao realismo tridimensional dos personagens, deixando eles mais imersivos e com uma integração mais natural ao mundo do jogo.

Com essas funcionalidades avançadas da UE5, fomos capazes de recriar personagens icônicos com fidelidade e entregar um alto nível de realismo e imersão em todas as plataformas.
The Night’s Watch in ‘Game of Thrones: Kingsroad’.
Courtesy of Netmarble
Game of Thrones: Kingsroad foi desenvolvido para PC e dispositivos móveis. Houve alguma ferramenta ou funcionalidade específica da UE5 que vocês usaram para otimizar o jogo entre as plataformas?

Hyun-il Jang: Garantir uma experiência fluida e otimizada tanto no PC quanto em dispositivos móveis foi um objetivo estratégico importante em Game of Thrones: Kingsroad, e a UE5 tinha as ferramentas ideais para isso.

Para manter uma qualidade visual alta e otimizar o desempenho, usamos uma variedade de funcionalidades de otimização da UE5. A funcionalidade Prévia para dispositivos móveis nos permitiu testar o desempenho em dispositivos móveis diretamente no Unreal Editor, garantindo que a fidelidade gráfica e o desempenho se mantivessem consistentes em todas as plataformas. Além disso, ferramentas de criação de perfil nos ajudaram a identificar gargalos de desempenho em tempo real, possibilitando uma otimização eficiente.

Também usamos ferramentas de otimização de ativos da UE5 para ajustar texturas, modelos e efeitos de acordo com a capacidade de hardwares diferentes. Usando o dimensionamento específico da plataforma, pudemos fazer um ajuste dinâmico das configurações gráficas, garantindo um desempenho fluido numa grande variedade de dispositivos.

Para garantir o desempenho da IU e a eficiência da bateria em dispositivos móveis, otimizamos os Unreal Motion Graphics (UMG), deixando as interações mais responsivas e reduzindo o consumo de energia.

Além disso, o suporte a múltiplos núcleos para dispositivos móveis na UE5 nos permitiu distribuir as tarefas de forma eficiente, maximizando o desempenho em hardwares para dispositivos móveis modernos.

Ao utilizar essas ferramentas poderosas da UE5, conseguimos entregar um jogo com alta qualidade visual e jogabilidade fluida no PC e em dispositivos móveis, garantindo uma experiência otimizada para todos os jogadores em todas as plataformas.

Como vocês equilibram o desenvolvimento para PC e para dispositivos móveis quando se trata de elementos como menus de interface de usuário (IU)?

Hyun-il Jang: Menus de IU são um aspecto importantíssimo do desenvolvimento de jogos multiplataforma, principalmente quando falamos de garantir uma experiência fluida tanto no PC como em dispositivos móveis. Para conseguir fazer isso, aproveitamos várias funcionalidades da UE5, especialmente os Unreal Motion Graphics (UMG).

Os UMG são uma ferramenta poderosa para design responsivo, e fizemos muito uso de opções de âncoras, alinhamento e dimensionamento para garantir que os elementos de IU se adaptassem com naturalidade a tamanhos e resoluções de tela diferentes. Em alguns casos, também criamos elementos de IU separados e personalizados para cada plataforma. Um exemplo disso é a interação baseada no cursor para PC e baseada no toque para dispositivos móveis.

Levar em conta comandos diferentes foi outro fator importante. Como o PC usa muito o mouse e o teclado, enquanto os dispositivos móveis são baseados no toque, usamos o sistema de entrada da UE5 para diferenciar modelos de controle, garantindo uma funcionalidade consistente entre as plataformas.

Por fim, o design da experiência do usuário (UX) foi um foco importante. Queríamos criar uma interface acessível e intuitiva para as duas plataformas, e fomos refinando nossa IU com testes de usuários e melhorias iterativas.
Taking on a monster in ‘Game of Thrones: Kingsroad’.
Courtesy of Netmarble
Há alguma funcionalidade específica da Unreal Engine 5 que chamou a atenção da equipe durante o desenvolvimento?

Hyun-il Jang: Sem a World Partition, criar uma versão fluida de Westeros em mundo aberto teria sido incrivelmente desafiador. Essa funcionalidade nos permitiu gerenciar de forma eficiente um mundo aberto de grande escala, ao mesmo tempo em que minimizava os tempos de carregamento.

Ao dividir a vasta paisagem em células menores e fazer o carregamento dinâmico apenas nas seções necessárias com base na posição do jogador, conseguimos alcançar uma experiência realmente fluida.

Além disso, a World Partition aumentou muito a eficiência de colaboração, possibilitando que várias pessoas da equipe trabalhassem no mesmo mundo, ao mesmo tempo e sem conflitos.

Há alguma funcionalidade da UE que se destaca por ser muito útil na criação de um jogo para dispositivos móveis?

Hyun-il Jang: Durante as fases iniciais de desenvolvimento, ao contrário da versão para PC, que oferecia suporte a deferred rendering (renderização adiada), a versão para dispositivos móveis precisou recorrer ao método tradicional de forward rendering (renderização direta ou progressiva). Naquele momento, a renderização adiada não era oficialmente compatível com a engine para dispositivos móveis, e as limitações de hardware desses dispositivos móveis tornavam sua implementação prática um grande desafio.

Devido a essa diferença, mesmo quando usávamos os mesmos objetos e iluminação, todo o pipeline de renderização, incluindo materiais, iluminação e pós-processamento, funcionava diferente, o que acabava gerando diferenças visuais perceptíveis entre as versões para PC e dispositivos móveis.

Para lidar com esse problema, começamos a usar variáveis de substituição específicas para dispositivos móveis nas configurações de renderização da Unreal Engine e estabelecemos caminhos de renderização otimizados específicos da plataforma usando Perfis de Dispositivos. Isso permitiu que mantivéssemos o máximo possível de consistência visual entre as versões para PC e dispositivos móveis.

Além disso, a funcionalidade Prévia para dispositivos móveis da Unreal foi essencial nos testes de ambientes de dispositivos móveis sem a necessidade de compilações completas. O modo Jogar no Editor (JNE) também se mostrou muito útil, já que possibilitou um ajuste de resolução de tela e configurações de Área Segura, facilitando a otimização do jogo em diferentes dispositivos móveis.

Entretanto, como a compatibilidade com Half Float não estava disponível, chegar a um ambiente de renderização em dispositivos móveis exatamente igual ainda era um desafio. Felizmente, o suporte a esse recurso está previsto para futuras atualizações, algo que aguardamos com grande expectativa para poder aproveitar ao máximo.

Quais são as suas melhores dicas para outros desenvolvedores que desejam aproveitar ao máximo os fluxos de trabalho para dispositivos móveis na UE?

Hyun-il Jang: O fator mais importante a considerar é a otimização para dispositivos móveis desde o início do desenvolvimento. A UE5 oferece uma grande variedade de funcionalidades poderosas, mas é importante sempre pensar no desempenho em dispositivos móveis ao implementá-las.

Usar a Prévia para dispositivos móveis e as ferramentas de criação de perfil é essencial para continuamente monitorar e melhorar o desempenho. Essas ferramentas ajudam a identificar gargalos logo no início, possibilitando otimizações proativas durante todo o desenvolvimento.

A otimização de ativos também é essencial. Reduzir tamanhos de texturas usando compressão, gerar LODs e otimizar malhas são ações que contribuem para minimizar a carga de ativos e manter a fidelidade visual.

Além disso, a otimização de UMG tem um papel fundamental no desempenho de IU. Simplificar layouts de widgets e excluir elementos desnecessários ajuda a melhorar a capacidade de resposta e a reduzir a sobrecarga de desempenho.

Agradecemos por seu tempo! Onde as pessoas podem descobrir mais sobre o jogo Game of Thrones: Kingsroad?

Hyun-il Jang: Vocês podem encontrar mais informações no nosso site oficial. Atualizações e outros conteúdos também estarão disponíveis no YouTube, Discord, Facebook, X e Instagram. À medida que formos revelando mais detalhes sobre o jogo, os jogadores podem esperar mais conteúdo interessante no futuro. Agradeço pelo apoio de vocês!
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