Agradecemos sua presença! O que você pode nos contar sobre a história de Game of Thrones: Kingsroad e como o jogo trará elementos únicos e interessantes tanto para os fãs da série quanto para quem está chegando agora ao universo de Game of Thrones?
Hyun-il Jang, diretor de projetos da Netmarble: Game of Thrones: Kingsroad se passa na segunda metade da 4ª temporada da série original da HBO Game of Thrones, um período repleto de eventos dinâmicos e decisivos. Mas não queríamos só seguir a história da série, e sim entregar algo novo e original.
Os jogadores assumem o papel do último herdeiro de uma casa caída do norte, a Casa Tyre, não como uma das figuras centrais da história, mas como um personagem coadjuvante importante, que atua nos bastidores, desempenhando um papel essencial nos acontecimentos que se desenrolam. Ao explorar Westeros, o público encontrará personagens familiares, resolverá desafios e, aos poucos, criará caminhos e objetivos próprios e únicos.
Para os fãs de longa data, o jogo oferece a oportunidade de vivenciar uma versão de Westeros ainda mais profunda e imersiva. É possível explorar locais nunca antes vistos, presenciar eventos conhecidos sob novas perspectivas e descobrir histórias e aspectos ocultos de personagens principais que não foram totalmente explorados na série.
Para quem está chegando agora, o jogo oferece um ponto de entrada acessível ao mundo de Game of Thrones. Além de trazer uma história cheia de detalhes e com muita informação, o jogo permite que o público explore com liberdade o continente vasto de Westeros e se envolva com personagens fascinantes.
Em sua essência, em Game of Thrones: Kingsroad a aventura está em criar sua própria história em Westeros, lado a lado com outros jogadores. Esse é um jogo de muitas escolhas importantes, batalhas cooperativas e crescimento pessoal. Você pode ser fã há muito tempo ou estar descobrindo Game of Thrones agora, mas temos certeza de que você embarcará numa jornada emocionante para recuperar a glória perdida da sua casa.
A franquia Game of Thrones se adapta perfeitamente a vários gêneros de jogos, então, por que vocês decidiram criar um RPG de ação e aventura de mundo aberto e focado na narrativa?
Hyun-il Jang: Game of Thrones é uma franquia que se passa num mundo vasto e repleto de detalhes, com relações complexas e inúmeras histórias interessantes. Acreditamos que a melhor forma de capturar essas qualidades era com um RPG de ação e aventura de mundo aberto e focado na narrativa.
Diferente das narrativas tradicionais, com uma distinção clara entre o bem e o mal, Game of Thrones se destaca pelas dinâmicas complexas entre personagens, intrigas políticas e conflitos morais repletos de nuances. Essa profundidade de narrativa se alinha perfeitamente com o gênero RPG, onde os jogadores podem mergulhar no mundo, fazer escolhas significativas e definir sua própria jornada.
Além disso, Game of Thrones se passa no vasto e interessante continente de Westeros. Queríamos criar uma experiência em que os jogadores tivessem liberdade de explorar esse mundo, se envolver com a história e até criar as próprias narrativas. Uma estrutura de mundo aberto permite esse nível de exploração e protagonismo do jogador, e é por isso que ela se encaixa tão bem no universo de Game of Thrones.
Você pode falar sobre o equilíbrio entre o combate manual baseado na habilidade, a exploração e a resolução de enigmas que o público encontrará nessa experiência?
Hyun-il Jang: Em Game of Thrones: Kingsroad, a equipe de desenvolvimento buscou criar uma combinação harmoniosa de combate baseado em combos e habilidades, exploração imersiva e resolução de enigmas. Nosso foco era manter o equilíbrio para que nenhum aspecto parecesse muito dominante
O combate foi projetado para refletir a habilidade do jogador, exigindo mais do que apenas ficar apertando os mesmos botões o tempo todo. Os jogadores precisam entender as habilidades do personagem, analisar os padrões de ataque dos inimigos e executar as ações no tempo exato para ter sucesso no jogo.
A exploração permite aos jogadores explorar com liberdade o mundo vasto de Westeros, descobrindo lugares ocultos, segredos e uma história que aprofunda a imersão.
Os enigmas funcionam como um elemento da narrativa e como um desafio, que os jogadores devem observar com cuidado e resolver usando dicas contextuais. Essas mecânicas dão uma sensação de descoberta e reforçam a profundidade do mundo do jogo.
Os três elementos se conectam. O combate leva a novas áreas para explorar, a exploração revela enigmas, e resolver esses enigmas oferece recompensas que aprimoram o desempenho no combate. O ciclo deixa os jogadores envolvidos e motivados, garantindo uma experiência dinâmica e recompensadora. Manter esse equilíbrio foi um objetivo central na criação de Game of Thrones: Kingsroad.
Você pode falar sobre sua abordagem no desenvolvimento da mecânica de furtividade do jogo?
Hyun-il Jang: A equipe de desenvolvimento queria criar uma mecânica de furtividade que fosse intuitiva e fácil de usar, mesmo em dispositivos móveis. Em vez de implementar um sistema muito complexo, focamos em simplificar os elementos principais de furtividade, para deixar a jogabilidade mais acessível mantendo a profundidade.
Para isso, projetamos o sistema simplificado de furtividade, com elementos de IU claros, intuitivos e fáceis de reconhecer nas telas de dispositivos móveis. Além disso, estruturamos as fases usando designs de ativos padronizados, para que o público identificasse com facilidade as rotas de furtividade e utilizasse a mecânica de emboscada para eliminar inimigos com eficiência.
Os ataques furtivos também foram projetados pensando na clareza e na facilidade de execução. Em vez de apostar numa mecânica complicada, baseamos as regras de ataque em fatores fáceis de identificar, como a visão do inimigo e a distância, garantindo que os jogadores possam se envolver em jogabilidade furtiva sem complexidade desnecessária. Essa abordagem permitiu uma experiência de furtividade fluida e envolvente tanto no PC como nos dispositivos móveis.
Como vocês equilibram o desenvolvimento para PC e para dispositivos móveis quando se trata de elementos como menus de interface de usuário (IU)?
Hyun-il Jang: Menus de IU são um aspecto importantíssimo do desenvolvimento de jogos multiplataforma, principalmente quando falamos de garantir uma experiência fluida tanto no PC como em dispositivos móveis. Para conseguir fazer isso, aproveitamos várias funcionalidades da UE5, especialmente os Unreal Motion Graphics (UMG).
Os UMG são uma ferramenta poderosa para design responsivo, e fizemos muito uso de opções de âncoras, alinhamento e dimensionamento para garantir que os elementos de IU se adaptassem com naturalidade a tamanhos e resoluções de tela diferentes. Em alguns casos, também criamos elementos de IU separados e personalizados para cada plataforma. Um exemplo disso é a interação baseada no cursor para PC e baseada no toque para dispositivos móveis.
Levar em conta comandos diferentes foi outro fator importante. Como o PC usa muito o mouse e o teclado, enquanto os dispositivos móveis são baseados no toque, usamos o sistema de entrada da UE5 para diferenciar modelos de controle, garantindo uma funcionalidade consistente entre as plataformas.
Por fim, o design da experiência do usuário (UX) foi um foco importante. Queríamos criar uma interface acessível e intuitiva para as duas plataformas, e fomos refinando nossa IU com testes de usuários e melhorias iterativas.
Há alguma funcionalidade específica da Unreal Engine 5 que chamou a atenção da equipe durante o desenvolvimento?
Hyun-il Jang: Sem a World Partition, criar uma versão fluida de Westeros em mundo aberto teria sido incrivelmente desafiador. Essa funcionalidade nos permitiu gerenciar de forma eficiente um mundo aberto de grande escala, ao mesmo tempo em que minimizava os tempos de carregamento.
Ao dividir a vasta paisagem em células menores e fazer o carregamento dinâmico apenas nas seções necessárias com base na posição do jogador, conseguimos alcançar uma experiência realmente fluida.
Além disso, a World Partition aumentou muito a eficiência de colaboração, possibilitando que várias pessoas da equipe trabalhassem no mesmo mundo, ao mesmo tempo e sem conflitos.
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